quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

História de Amor

Imagine nós dois, eu e você, daqui alguns anos, morando juntos.
Não precisaríamos ser namorados, nem casados, nem nada disso. Apenas amigos. É, nós seríamos felizes, eu e você.
Fotos de nós dois estariam espalhadas pela casa. Fotos suas no meu quarto, fotos minhas no seu quarto. Mas nós dormiríamos juntos. Pelo simples fato de eu te querer por perto, e você me querer também. Pelo simples fato do seu quarto estar bagunçado de mais e minha cama ser perfeita para nós dois. Eu teria medo do escuro, sem você.
E eu andaria apenas com roupas íntimas, e você fingiria não se importar. E eu fingiria não acreditar.
Eu fugiria de você, correndo pela casa, rindo, com o controle da televisão, só pra você não mudar o canal. E você me pegaria, e ficaríamos abraçados até o silêncio nos constranger.
Nossos sábados á noite seriam nostálgicos, olharíamos todos os tipos de filme, atiraríamos pipoca um no outro e pediríamos uma pizza. Nostálgicos e perfeitos, porque dormiríamos abraçados, no sofá da sala, ao som da melodia dos créditos de um filme de romance que eu choraria do começo ao fim, e você riria de mim e comigo. 
Iríamos ao supermercado uma vez por mês, comprar as mais diversas porcarias. E não nos faltaria nada.
Você não se importaria com as minhas roupas espalhadas pela casa e pelo seu quarto. Eu não me importaria com a sua bagunça diária, nem com a sua toalha de banho atirada pelos cantos. 
Nos domingos á tarde, ficaríamos na sacada do nosso apartamentinho no terceiro andar, tomando Coca e cantando músicas velhas. Olharíamos as pessoas lá em baixo, casais apaixonados, e ficaríamos em silêncio, perdidos em nossos próprios pensamentos. 
Suas amigas viriam te visitar, e eu choraria em silêncio, no escuro do meu quarto. Até elas irem embora e você ir dormir comigo, e perguntar se eu chorei. Eu negaria. Você acreditaria. 
Me acordaria no meio da noite, pra contar um sonho que teve. E nós riríamos juntos. Me acordaria com um café na cama, ou com uma rosa roubada do jardim da casa da vizinha. 
Eu deixaria um recado sutil na porta da geladeira antes de sair na segunda de manhã para visitar meus pais.
Poderíamos até ter um cachorro. Poderíamos juntos, levar ele para passear. E você decidiria pintar a casa, e ela ficaria vazia, apenas com nós dois e nosso cachorro.
Deitaríamos no chão, e eu me perguntaria em que você estaria pensando. Você mentiria e me perguntaria o mesmo. Eu mentiria. 
Eu iria para a universidade toda manhã, enquanto você iria para o seu trabalho de meio turno em uma empresa de sucesso. 
Você me amaria, em silêncio. Eu também te amaria, em silêncio. Em alguns anos, eu estaria me formando, e você estaria no topo da carreira.
E você me levaria para jantar e me pediria em casamento. E seria uma linda história de amor.


Apenas seria...






Obs: Acervo Pessoal (Textos que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria)

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