domingo, 27 de dezembro de 2015

Simplicidade

Eu não tinha muita coisa. Tinha o básico para viver, uma casa, um cachorro que me lambia quando eu chegava em casa depois de mais um dia difícil.
Eu tinha uma TV 14 polegadas pra assistir uns documentários em francês durante a madrugada. Tinha uns chocolates enfiados no armário pra comer durante as tardes e madrugadas de insônia. 
Eu tinha um buraco no coração preenchido com decepções e angústias. Tinha umas redes sociais pra tentar me socializar virtualmente, já que na vida real eu preferia ficar no sofá. 
Eu não tinha muita coisa não. Mas no fim do dia, quando eu colocava a cabeça no travesseiro pra tentar dormir, eu lembrava do teu sorriso, da tua voz, do teu carinho... E eu lembrava que eu não tinha muita coisa, mas eu tinha você. E você era mais que muita coisa. E você era tudo que eu realmente tinha. Você era minha esperança, a minha vontade de continuar e eu sabia que depositar amor de mais nos outros podia não ser seguro, mas eu não me importava. Eu não me importava porque eu confiava em você e eu sabia que de alguma forma, você iria marcar a minha vida. 
Sempre torci pra marcar com felicidade e era isso que bastava. Você bastava. Eu bastava. Nós bastávamos. Nosso amor bastava. 


Obs: Acervo Pessoal (Textos que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Era Ela

Ela era única. Você conhecerá outras pessoas, terá um flashback com a sua ex, terá uma nova namorada, mas ela continuará sendo a sua preferida. Provará outros beijos, se sentirá frustado algumas vezes, ao que aquela loira linda da festa não beija tão bem assim. Passará a mão em outros cabelos, alguns mais curtos, outros mais longos, mais cheios, de qualquer forma, sentirá falta dos cabelos dela, que de tão pouco se perdiam em seus dedos. Você sentirá outros perfumes, amadeirados, cítricos, doces, e sentirá falta do cheiro da pele dela, que tinha um cheiro tão bom que te fazia fechar os olhos e respirar fundo. Você chorará baixinho, sentindo a maior saudade que você já sentiu em toda a sua vida. Olhará para os lados e verá a vida passando, e sentirá uma falta quase mortal da vida que ela te proporcionava todos os dias. Você entenderá que a ama. Você entenderá que ela será eterna. Você, ao conhecer outras com o mesmo nome, sentirá um aperto no peito ao dizer que esse nome é lindo, sentirá suas mãos tremendo ao lembrar que diziam que esse seria o nome da filha de vocês. O celular, ao tocar, após anos, milhares de vezes, ainda desejará realizar uma ligação de você, aonde ela irá dizer que ainda te espera, e você dirá que está indo busca-lá, assim como em um texto que um dia ela escreveu. Você irá ler palavra por palavra de tudo o que ela escreveu um dia, e se surpreenderá ao ver que ela suplicava por você. Você se sentirá um idiota. Mas ela, ela continuará sendo única. Mas a vida continuará. 
Ela fará um esforço descomunal para te esquecer, talvez, por alguns anos, ou até que toque a música de vocês, conseguirá. Lembrará de vocês com uma pequena tristeza, mas com grande afeto, assim como ela sempre disse, você ainda será a escolha dela, mas infelizmente, a vida lhe deu outras opções. 
Reticências... Sua vida será repleta delas, assuntos não terminados, desejos não obedecidos, o maior e único amor da sua vida perdido pela sua incapacidade de amar alguém. 


Obs: Acervo Pessoal (Textos que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria)

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Meu Pedido É Você

Eu pediria você. Se Papai Noel existisse, se estrelas cadentes fossem de verdade e se moedas na fonte funcionassem, eu pediria você. Quando as velinhas do meu bolo de aniversário se apagaram e eu fechei os olhos, foi por você que eu pedi. Eu rezei pela sua felicidade, pelo seu caminho belo e pelas coisas boas que ainda darão certo na sua vida. Nesse natal, se um velho gordo e barbudo aparecesse em um trenó e perguntasse o que eu iria querer de presente, mesmo que eu pudesse escolher qualquer coisa melhor e mais valiosa do mundo, eu juro que meu desejo seria que você saísse do meio das renas de braços abertos para mim. Embaixo da minha árvore verde e pontiaguda de natal, eu queria que você estivesse embrulhado no papel de presente mais lindo da cidade. No meio dos piscas-piscas que enfeitam os postes no meio da avenida, eu queria que fosse o seu sorriso que eles desenhassem no céu. E os fogos de artifício poderiam iluminar a noite com o seu rosto. Eu só queria que tivesse consciência de que seria você. Se eu ganhasse o palito premiado do picolé, eu recusaria o prêmio e pediria por você. Se eu acertasse os números da mega-sena da virada, eu trocaria o dinheiro e toas as coisas que ele pode comprar por você. Se o mundo realmente acabasse, a minha última súplica seria você. É você. E eu continuo pedindo, forte, que não deixe de ser nunca. Se uma bomba caísse exatamente agora em cima da minha cabeça e eu não conseguisse terminar esse texto, saiba que eu morreria pedindo por você. Só você, por favor, nem que seja um pouquinho. Eu preciso do ar que você respira pra suprir um pouco a distância que te prende em mim. Eu preciso te olhar inúmeras vezes e ter absoluta certeza que em cada uma delas meu desejo só faz aumentar. Se a Terra fosse engolida pelo Sol, eu descobriria outro planeta em outra galáxia só pra te fazer feliz. 
Quando eu acordei sozinha e tomei meu suco preferido sozinha hoje de manhã, foi pela sua companhia que eu pedi. Nas vezes em que eu provei uma roupa e não tinha ninguém para aprová-la, foi pelas suas sugestões ignorantes que eu pedi. Nos dias em que não fez sol e o dia estava propício para filmes românticos á dois, foi pela sua preferência por filmes de terror que eu pedi. Eu venho pedindo por você desde sempre, mas nenhuma alma caridosa me dá o privilégio de te ter. Então eu peço agora: vem.
Vem e larga essa sua gravata cor-de-nada no meu sofá. Vem e deixa seus sapatos no tapete central da minha casa. Vem e poupa os meus próximos mil anos amargurados sem você ao meu lado. Eu posso não ser a melhor pessoa dentre todas que habitam a Terra, mas com certeza sou a melhor que pode te fazer feliz. Porque, por mais que você negue e responda "não" para todas as minhas súplicas, eu ainda serei a única que pede por você. 


Obs: Acervo Pessoal (Textos que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Ela

Ela sente prazer nas coisas mais simples da vida. Ela é do tipo de mulher que se sente encantada pela alma das pessoas. Ela aparenta ser uma pessoa difícil de lidar, mas ela só demonstra seu lado "dócil" para as pessoas que mergulham fundo em seu interior. (Ela adora escrever, apesar de deixar tudo guardado).
Tem dias em que ela sofre de insônia, e ás vezes luta contra seus próprios pensamentos. 


Obs: Acervo Pessoal (textos que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria) 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Diga A Ele

Diga a ele que eu o amo. Diga a ele que eu preciso dele. Que ele é mais do que um caso de uma noite. Diga a ele que deixa meu rosto da cor do meu cabelo. Tudo que eu quero fazer é estar perto. Diga a ele que eu o quero. Diga a ele que eu preciso dele. Diga a ele que ele é mais do que um caso de uma noite. Diga a ele que eu o amo mais do que ninguém. 
Se você não o fizer... Eu mesmo direi!


Obs: Acervo Pessoal (Textos retirados da internet, não necessariamente de minha autoria) 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Paz

E os primeiros raios de luz do dia que entram pelas frestas da janela de madeira já não incomodam quando você está ao lado. Porque é você quem está ao lado. Você, que geralmente dorme a minha esquerda, hemisfério corporal onde, dizem os especialistas, mora o coração. E então, por um momento, tudo parece fazer sentido. Foi essa sua mandinga pra entrar no meu coração e pra, de quebra, tomar conta da minha cabeça e transbordar a minha vida. Não adianta negar. Foi essa a tática infalível para que eu abrisse a porta da minha casa, o fecho do meu sutiã e incontáveis sorrisos de mais de oito graus na escala Richter. Te olho dormindo. De bruços, os braços estendidos para cima e o rosto levemente virado para o lado. 
A respiração calma e silenciosa, como se você descansasse numa daquelas paisagens bonitas que a gente só vê em filme. As costas discretamente torneadas, com se cada músculo não fosse fruto de mais do que um esforço cotidiano. 
A boca perfeitamente cerrada, como se aqueles lábios grudados guardassem o segredo da criação do mundo. E é inevitável eu me perguntar como cabe tanta beleza num corpo todo desenhado e que nunca entendeu direito aquele tal de "menos é mais". Tão menos e que consegue ser tão mais. Você, meu amor, saiu de uma pintura renascentista. Só pode ser isso. 
Você fugiu do teto da capela Cistina direto para meus lençóis. Ciao, Michelangelo. Porque a vida é mais feliz. Tem travesseiro macio, embora você o dispense todas as noites. Tem cobertor, embora o meu calor lhe seja mais convidativo. E tem o meu corpo quente - ah, esse você não troca por nada. Só por uns minutinhos de sono a mais quando ainda é dia de semana. E sabe que eu até gosto? Porque nada me recompõe tão bem quanto saber que você está em paz. Que nenhum pesadelo feriu sua madrugada. Que os monstros que, um dia, talvez, tenham dormido embaixo da sua cama, foram embora pra nunca mais. Que o universo conspira a favor de nós. E que eu passaria noites inteiras velando seu sono. 
Eu, então, me aproximo para deixar um beijo em seu rosto inerte. E é inevitável não sentir seu cheirinho doce. Um cheirinho meio de flor, meio de fruta. Um cheiro que os franceses procuram até hoje - em vão - pra confeccionar a fragrância mais esperada de todos os tempos. Um cheiro de pecado que só se cala no meu pH ácido. E eu me pergunto como você acorda sem o característico bafo matinal de quase 100% dos seres humanos. Você diz, quando acordado, que é impressão minha. Que é loucura eu cheirar todo o seu corpo depois de longas doze horas de sono. Que é porque o cheiro do cigarro foi embora enquanto você dormia. É, até faz sentido. Mas eu ainda prefiro acreditar que o universo reservou o melhor cheirinho da perfumaria divina pra você. Ou melhor, pra mim. 
Pra eu cheirar. Pra eu lamber. Pra eu beijar. E ai você se arrepia. E sorri. E me beija de volta, mesmo dormindo. E eu fico pensando que nunca, jamé, nem never more eu conseguiria ser rude ou pouco doce na hora de te resgatar das profundezas do seu sono, que é sempre justo e bonito. Assim como você. E quando aquele raio de sol do meio-dia queima sua retina por através de suas pálpebras, eu morro um pouquinho. Pra quê acabar com um dos espetáculos mais lindos do planeta Terra, caro Sol?
Mas renasço ainda mais feliz assim que você me lança aquele primeiro olhar do dia, seguido de um sorriso, de uma carícia quase que infantil e de um preguiçoso beijo na boca, me chamando para uma sacanagenzinha matinal e anunciando que, independentemente do que o Climatempo disser, o dia de hoje será mais bonito. Só porque você acordou ao meu lado. 
Não sei pra vocês, meus amigos. Mas paz, pra mim, é isso. 


Obs: Acervo Pessoal (textos que retiro da internet, não necessariamente de minha autoria)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Todo Teu

O seu perfume me invade
Como a briza vinda do mar
Minha pele arde
Ao entrar em contato com a sua

Há... Sua pele
Macia...
Suave...
Linda como uma rosa

Você é como pecado
Que domina o meu corpo
E faz dele o que quiser

Então minha princesa...
Se você é um pecado...
Quero pecar por toda eternidade 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Amor É Um Sem Sentido Sentir

Eu te amo, mas não sei como falar, como explicar, como agir, sei lá. 
Você murmura qualquer coisa e eu já tremo o cu de tanto nervosismo que a tua presença me causa. Me leve daqui. Me leve com você. Venha comigo. Por mim, a gente pode ficar aqui, quietinhos dividindo sorvete, cerveja, edredom e sonhos. Tanta faz a cama e o colchão. Você se importa tanto com isso?
Dia desses, eu tentei de esquecer de vez. Juro. Mas ai eu percebi que matar você em mim é o mesmo que morrer e continuar vivendo, sabe? Passaria o resto dos meus dias como zumbis recheado de dor e entalado de lembranças do que nunca viveu. Então, não morra não. Não antes de eu dizer que te amo. 
Não antes de você dizer isso para mim, também. Ou que vai pensar no meu caso. Ou que ficará aqui comigo. Sei lá. Não se vá - nem para o céu, nem para a Nova Guiné - sem me dar mais uns minutos de esperança, uns carinhos no queixo e um descanso em teu ombro. 
Olha aqui vai. Eu tô embolando as palavras, eu sei. Não porque eu sou confusa. Ok, eu sou confusa. Mas nem sempre. Não agora. Tá, agora eu posso estar um cado confusa. Mas é porque amar é, ao mesmo tempo, ter um dicionário a falar e não saber como. É como se meu cérebro desaprendesse qualquer idioma tolo. E eu fico aqui, gesticulando vírgulas que exigem sua presença um pouco mais. 
Por favor, fica!
Fica, vai!
Nesta semana, você anda tão triste que me aperta a alma. E eu não sei se você sabe, mas se estivesse comigo, cê seria mais feliz. Juro. Deu na TV, nos jornais, no tarot, no horóscopo, nas músicas e nos livros que ando lendo. Você gosta de ler, eu sei. Comecei a gostar porque vi você no ônibus viajando mais rápido naquelas páginas do que aquele motorista ruim de roda que faz o veículo parecer uma montanha russa. Sim, eu estava naquele ônibus. Dois bancos atrás de você. 
Não, não estou te perseguindo. 
Mas a gente sai a mesma hora da faculdade e minha casa fica á dois quarteirões da sua. Não sei onde você mora. Mas é que você sempre desce no mesmo ponto e vai para a mesma portaria que imaginei que ali fosse a tua casa. 
Eu estou falando feito uma doida, sem vírgulas ou pausa, inventando assuntos quaisquer porque estou morrendo de medo do silêncio oceânico que pode surgir e você desviar teus olhos dos meus, reparar na vizinhança, naquele moço de gravata cinza ou na senhorinha dando comida aos pombos, e, talvez, você reparando no moço de gravata cinza e na senhorinha dando comida aos pombos possa pensar que já não há mais nada á fazer aqui e decida ir embora porque não gosta de cinza, nem de pombos, nem de mim. Sei lá. 
Cê tá com fome? Eu tenho um par de lábios e um tanto de sonhos que podem de alimentar. Juro. Como faz aquele macarrão que você gosta? Eu posso aprender, também. Mas te amo. E amar, além de ser algo que me deixa mais confusa, nervosa e gaga, deve ser aprender a ser a mestra dos desejos do outro. Assim, só pra te agradar, sabe? Isso é amor. Você sabe. Ou acho que sabe. Mas, de qualquer forma, gostaria que soubesse que eu te amo. É, amor. Sem aqueles coraçõeszinhos infantis da quarta série. Ou musiquinha bonitinha por aqui. É amor. Ponto.
Entendeu alguma coisa? Não? Ok, perfeito assim. Se você entendesse, eu ficaria triste por ter conseguido explicar algo sem explicação. E é isso: de onde eu vim, sentimentos inexplicáveis, mas explicam todo o resto. Amor é um sem sentido sentir e dar sentido a tudo. 
E este tudo, agora, é você. Juro. 


Obs: Acervo Pessoal (textos que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria) 

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Sou

Sou um mar de saudades. Sou um céu de choros. Sou uma terra rica. Sou uma flor desabrochando. Sou um voo de um pássaro. Sou a água corrente da cachoeira. Sou um passo. Sou uma voz. Sou um olhar. Sou um adeus. Sou um bem. Sou um nada. Sou um sim, mas também um não e quem sabe um talvez. Sou a cumplicidade e a lealdade. Ora verdade, ora mentira. 
Sou um ser. Sou um alguém. Sou eu. Sou complicação. Sou e tenho que ser, ser bem, ser fiz, ser vou fazer, ser sonhei... Sou tudo e sou quase nada. Sou uma vastidão de amor. De dia, bem. De noite, quem sabe bem também. 
Sou mistério e sou. Eu sou! 


Obs: Acervo Pessoal (textos que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria) 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

De

De poesias manchadas em guardanapos que interrompem bate-papo de bar. De foto 3x4 morando na carteira. De choro. De olho no olho. De amo á primeira vista. De gostar de abraços largos. De não dá-los. De vontades que explodem e preenchem o caminho de volta pra casa. De madrugadas. De planos abertos pelo retrovisor do carro. De baixar a cabeça e fugir para o balcão. Uma cerveja e dois copos!
De dedos costurados dentro de uma sala de cinema escura. De nuca. De nunca mais vou beber. De flertes no meio de trombadas. De meias palavras. De tudo escrito. De tudo acabado desta vez. De voltar atrás. De olhar de longe. De fingir que não viu. De mentir que não fuça. De declarações duras. De tapas leves. Que dizem verdades. 
De acreditar em vou aparecer mais. De não rasgar fotos. De escrever pessoas em uma bexiga de gás e olhar para o céu enquanto elas se apagam de mim. De cair na mesma história. De novo. Do mesmo jeito. 
De não permitir nenhum desgosto. De passar a borracha em um número de telefone. De esquecer que passou. De contar que passou. E esquecer também que contou. 
De lições no dia seguinte. De ligações perdidas. De propósito. De alôs mais gagos que convites. Ao vivo.
De desligar o telefone e deixar o silêncio dialogar. E de atacar as reticências nas páginas brancas. 

De me conhecer só assim, já que sou dessas que gostam de. 


Obs: Acervo Pessoal (textos que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria) 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Serendipity

Tem um filme de John Cusack que se chama "Serendipity". Eu nunca tinha ouvido essa palavra até ver o filme e gostei tanto que tive que ir atrás do que ela significava. O que o dicionário me disse lembrou nossa história. 
Naquele dia eu não ia sair de casa. Já tinha tirado os dvd's da estante e ia fazer uma maratona Tarantino pra finalmente provar pro meu pai que "Jackie Brown" é melhor que "Cães de Aluguel". Foi quando o telefone tocou, um convite para o cinema com umas amigas e mais "uma garota que eu não conhecia" não seria o suficiente pra me tirar de casa se eu fosse o tipo de cara que sabe dizer não. Ainda bem que eu não sou. 
Tirei meu pijama á contra gosto e vesti a primeira roupa que tirei do armário, e aqui eu quero deixar claro que se eu soubesse que iria conhecer você aquele dia, teria me apresentado melhor. Recebi uma mensagem de texto dizendo para eu me encontrar com vocês no restaurante australiano do shopping. Não tive dificuldades pra encontrar a mesa, tive dificuldades pra tirar os olhos de você.
Era verão, apesar de eu não saber qual é a estação do ano do mês de Abril, é sempre verão no Rio de Janeiro. Você estava coradinha de sol e, mesmo de calça jeans e camiseta cinza bem simples conseguia me fazer tropeçar nas minhas próprias sílabas. Você percebeu e fez piada do meu nervosismo, na verdade você faz até hoje. Quando pedimos a conta você abriu sua carteira e deixou cair sua identidade. É covardia você sair bem até em foro 3x4, sabia? 
Cortei a sílaba do seu nome pra forçar uma intimidade e ver se ficava menos nervoso. Até hoje te chamo por esse apelido e, confesso que é muito difícil usar seu nome todo agora. Não sei, nem quero mais parecer distante de você. 
Até hoje também agradeço por ter feito a escolha certa aquele dia. Não sou de acertar muito, sabe? Naquele sábado quente de Abril eu tive uma chance, uma chance de realmente fazer vale á pena levantar da cama todo dia. Conhecer você foi como encontrar o prêmio mais valioso de uma competição que eu nem sabia que estava participando. 
Numa tradução aproximada, vi que "serendipidade" é como chamamos descobertas felizes que fazemos, aparentemente, por sorte ou acaso.


No meu caso, você! 



obs: Acervo Pessoal (textos retirados da internet, não necessariamente de minha autoria)  

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Minha Eterna Declaração

Eu me declarei pra você milhares de vezes. Quando eu ri daquela sua piada idiota que não teve a menor graça e quando dei risada das piadas de mal gosto que você fez sobre mim. Lembra? Eu deixei você me zoar porque você achava graça naquilo, e se te faz feliz... Bom, me faz feliz.
Quando eu deixei os outros de lado pra dar toda atenção para você. Quando eu ouvi as músicas que você me mandou, mesmo elas não sendo do meu gosto. Lembra... Quando eu tratava todo mundo mal, mas era super gentil com você? Então. Isso foi uma declaração, mesmo que silenciosa. 
Quando eu aguentei todas as suas grosserias porque você teve um dia ruim. E também quando eu deixei você descontar todas as suas frustrações em mim, mesmo eu não tendo nada a ver. Quando eu te fiz sorrir quando tu chorava por outra pessoa. Quando eu te defendi do mundo mesmo você estando completamente errado. Quando eu deixei de ficar irritada só porque você tava mal e precisando de alguém. 
Eu me declarei tantas vezes, da minha maneira...



Só que você não viu! 




obs: Acervo Pessoal (texto que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria) 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Sinto Sua Falta

É o velho e manjado clichê, eu sinto sua falta. Sinto falta do som da sua risada, de ouvir um "eu te amo" antes de dormir, sinto falta da sua voz á noite me contando como foi seu dia e cantando nossa música para mim, desafinando de propósito. Sinto falta da sua mão e de como ela se encaixava na minha. 
Sinto falta de como você ficava irritado quando eu bagunçava o seu cabelo e de rir da sua cara de bravo. Sinto falta de quando fazia birra e te chamava de idiota, só para que você me puxasse e calasse minha boca com a tua. Sinto falta de quem eu era quando estava com você, de como tudo parecia fácil, leve, de como o mundo era colorido. Sinto falta do teu sorriso ao me ver, do frio na barriga e das minhas pernas que ainda tremiam quando você chegava, mesmo depois de tanto tempo. Sinto falta do teu abraço que era o lugar mais seguro do mundo, de onde eu queria nunca mais sair. Sinto falta dos planos que fazíamos de madrugada, sinto falta das viagens que não fizemos, de casa que não compramos, dos filhos que não tivemos, da casa que não compramos, dos filhos que não tivemos, das promessas que não cumprimos. Sinto falta de ser sua e de poder te chamar de meu. Sinto falta de nós, em todos os dias, minutos e segundos da minha vida. 
É que não tem outra pessoa, não tem ninguém que consiga me completar como você. O espaço vazio que você deixou nenhuma outra pessoa será capaz de preencher. 

obs: Acervo Pessoal (textos que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria) 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Eu Quero

Eu quero beijar você.
Eu quero segurar sua mão.
Eu quero te abraçar por horas e horas.
Eu quero ver filmes estúpidos com você.
Eu quero fazer guerra de travesseiro.
Eu quero te mandar mensagens idiotas.
Eu quero bagunçar seu cabelo.
Eu quero rir com você até não conseguir mais respirar.
Eu quero brigar por coisas levianas.
Eu quero dançar com você.
Eu quero fazer você sorrir quando eu disser que te amo.

Eu quero você!

sábado, 21 de novembro de 2015

Para Sempre (Dois anos depois)

Depois de dois anos intensos de quimioterapia, Pilar morreu. 
No dia em que Victor recebeu a notícia seu mundo desabou. Ele passou o dia e a noite em claro, trancado em seu apartamento (ele o comprou logo depois de ter se separado de sua mulher há cinco anos atrás), e ele chorou. Pegou todas as fotos que tinha com ela, cada lembrança e reviveu tudo aquilo como se estivesse ali.
Depois de um dia inteiro chorando ele voltou a ser o que era, só que mais frio dessa vez. Então se arrumou para seu último encontro com ela.

[...]

Todos já se encontravam no velório quando Victor chegou. Ele cumprimentou John que tinha olheiras enormes denunciando que não dormia há dias. Sua ex mulher também estava lá, afinal, elas viraram amigas, ele recebeu um abraço reconfortante da mesma, pois ela sabia o quão Pilar era importante para ele. 
Lentamente Victor se aproximou do caixão e viu Pilar deitada, ela parecia apenas estar dormindo... Dormindo um sono interminável. Continuava linda como sempre, pura e encantadora. 
Victor sabia que nunca deixaria de amá-la, o que ele sentiu aos dezessete anos por uma novata ia permanecer dentro dele pro resto da vida. Ele nunca havia lhe beijado, nunca havia lhe tocado da forma que queria, mas ela mexeu com ele de uma forma que nenhuma mulher foi ou será capaz de fazer. 
Para não perder o costume, Victor depositou um último beijo na testa, agora fria, de sua amada.

- Descanse em paz minha pequena. 

Então começaram a cerimônia onde os familiares e amigos diziam algumas palavras sobre Pilar. Victor se recusou, o que eles viveram tinha que ficar somente entre eles. 
O último a falar foi o pai de Pilar. 

- Pilar foi a filha dos sonhos, mesmo sendo filha única nunca fora mimada, muito pelo contrário, era independente e a rebelde da família. Deus nos tirou ela muito cedo mais agradeço por ter passado anos maravilhosos ao lado dela. Onde quer que esteja filha, quero que saiba que o papai te ama e muito em breve vamos nos reencontrar.

Victor se emocionou com as palavras do pai assim como todos que estavam no local, Pilar era muito querida. Porém, ele não havia terminado...

- Pilar me pediu, quando soube que não ia se curar, que lesse a primeira página de seu diário que ela começara a escrever há um mês atrás.

Victor ficou curioso, ele não sabia da existência desse diário e queria saber se tinha algo sobre ele, isso o confortaria, saber que ela pensava nele nos momentos difíceis. 
Então o pai de Pilar começou a ler o diário e Victor entrou em estado de choque e arrependimento, aquilo não podia ser verdade!

"Desde o momento em que cheguei na escola e olhei para ele, sabia que seria especial.
Nos tornamos amigos, mas eu me apaixonei pelo Victor. Ele nunca soube disso, tinha medo de falar e perder sua amizade porque eu sabia que para ele eu era apenas uma amiga. 
Os anos se passaram mais o amor que eu sentia por ele só aumentou. Casei com outro homem mais nunca fui plenamente feliz, eu só seria feliz se estivesse com ele. 
Eu sei que não tenho muito tempo de vida e que logo serei apenas uma lembrança, mas eu quero que ele saiba o quanto eu o amei e o quanto eu o amo. 
Victor foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, eu me sentia protegida ao seu lado. Nunca senti essa proteção com nenhum outro homem. 
E não me importo para onde eu vou, eu estarei pensando nele e irei esperá-lo por toda a eternidade. 
A última coisa em que vou pensar antes de fechar meus olhos pela última vez será Victor, em seu lindo rosto e seu cabelo preto bagunçado. Eu amo aquele idiota!". 

(FIM!)





quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Para Sempre (Dez anos depois do casamento)

Ambos seguiram com suas vidas. 

Pilar teve dois filhos e levava uma vida muito confortável. Victor também se casou, teve filhos e se destacou dentro do ramo empresarial. 
Eles mantiveram contato, se viam raramente por causa das agendas apertadas mais continuavam amigos, a amizade continuava a mesma. 

[...]

Era um dia normal de trabalho para Victor, ele estava se preparando para uma reunião com alguns representantes de suas empresas no exterior, quando um telefonema o surpreendeu, era ela.

- Pilar? - ele atendeu surpreso, ela raramente ligava durante a semana. 

- Você está ocupado? - suas voz estava estranha, parecia estar chorando. 

- O que aconteceu? - ele sabia que algo estava errado. 

- Pode vim no café? - ele sabia qual café era, sempre se encontravam por lá. 

- Tudo bem, em vinte minutos chego ai. 

Victor desligou o telefone e sem demora arrumou suas coisas, trancou sua sala e mandou sua secretária desmarcar a reunião e todos os seus compromissos do dia, ela precisava dele e hoje ele seria só dela. 

[...]

Assim que estacionou o carro ele a viu sentada em uma mesa sozinha, tinha em mãos uma xícara de café que devia estar quente ainda, ela encarava o horizonte com o rosto triste. Victor nunca á vira assim como naquele dia. 
Victor decidiu descer do carro e ir ao seu encontro, assim que o viu Pilar não sorriu como de costume, isso o deixou ainda mais preocupado. 

- Vim o mais rápido que pude. - ele disse se sentando. 

- Obrigada. - ela deu um meio sorriso. 

- O que houve? 

- Bem, hoje fui ao médico pegar os resultados dos meus exames e... - ela se desmanchou em lágrimas - Eu estou com câncer Victor. 

O coração de Victor acelerou, ele não conseguia acreditar no que acabara de ouvir, só podia ser brincadeira. A qualquer momento Pilar ia enxugar as lágrimas falsas e rir da cara de otário dele, mais isso não aconteceu, ela apenas continuou chorando. 

- Isso é mentira, não é? - ele não queria acreditar. 

- Bem que eu queria, mas não. - ela o encarou com tristes olhos verdes e voltou a chorar - Ai meu deus, tenho câncer. O que eu vou fazer? - ela soluçava auto, não conseguia se controlar. 

- Calma, calma. - Victor correu ao seu lado e a abraçou como sempre fazia quando ela estava mal - John e as crianças já sabem?

- Não. - ela fungou - Decidi contar primeiro para você, talvez me ajude a falar com eles. 

- É claro que vou, pode contar comigo. - ele afagava seus compridos cabelos ruivos. 

- Eu não posso acreditar que isso esteja acontecendo comigo. - ela voltou a chorar. 

- Calma pequena, tudo vai ficar bem. - ele tentava acalmá-la. 

- Como pode ter tanta certeza? - ela o encarou. 

- Eu estou aqui, não estou? - ela afirmou com a cabeça - Então, eu nunca vou deixar que nada de mal te aconteça. 

E pela primeira vez naquela tarde, Pilar sorriu. E Victor ficou aliviado de vê-la assim, isso o confortava. 

- Depois de tantos anos ainda me chama de pequena. - ela apertou seu nariz e ele riu. 

- Eu vou te chamar de pequena pro resto de nossas vidas. 

[continua...]

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Para Sempre (Quinze anos depois)

Pilar estava linda, muito mais do que no baile de quinze anos atrás. Quem a visse agora jamais a reconheceria como sendo a garota rebelde que jurou nunca se casar. 
Sim, Pilar ia se casar essa noite e assim que entrou na igreja Victor não conseguiu tirar os olhos dela, ela era e continua sendo a garota mais linda de todas. Ainda mais nessa noite em seu vestido de noiva que parecia ter sido feito por deuses, e Victor não parava de sorrir, ele a esperava ansiosamente no altar... Ao lado do noivo dela. 
Por um lado Victor estava feliz, afinal, sua melhor amiga estava começando um futuro, o início de uma família, mas por outro lado estava triste... O amor da sua vida estava se casando. 

- Sim! - Victor ouviu Pilar dizer com os olhos brilhando e um sorriso cheio de felicidade estampado no rosto. 

- Sim! - ele ouviu o tal marido responder com a mesma felicidade ou talvez até mais. 

- Eu os declaro, marido e mulher. Pode beijar a noiva! 

Então Victor viu outro homem beijar a sua menina e só a ideia de imaginá-la nos braços de outro lhe causou vertigens, talvez ele não ficaria para a festa, não suportava ver Pilar feliz com outro que não fosse ele.
Victor viu o casal sorridente ir embora, ele foi um dos últimos a sair da igreja, ia direto para casa, talvez era melhor mesmo ficar sozinho e se embriagar com sua própria tristeza. Pilar nem sentiria sua falta mesmo. 

Mais ela sentiu. 

E muito. 

O que ela mais queria era seu melhor amigo ao seu lado no momento mais importante de sua vida mais ele não estava lá.

[continua...] 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Para Sempre (Dia do baile)

Ás oito em ponto Victor já estava parado em frente da casa de Pilar, arrumava sua gravata no espelho retrovisor de um carro parado na rua e hoje estava decidido a falar tudo o que sentia por ela, não ligava se seria correspondido ou não, só precisava tirar aquele amor reprimido de dentro dele, porque doía e era uma dor insuportável.
Continuou olhando para o espelho retrovisor tentando agora arrumar seu cabelo, sentiu uma mão delicada sobre seu ombro, imediatamente se virou e se deparou com um anjo.
Pilar estava deslumbrante, uma visão divina. Seu vestido era preto (ela gostava de fugir dos padrões rosa e roxo), ia até o joelho e era rodado, tinha um decote que não era exagerado mais mesmo assim ressaltava seus lindos seios, ele era inteiro brilhante e seus sapatos vermelhos combinavam com seu batom, seu cabelo caia em cachos perfeitos por seus ombros, chegando até sua cintura e acompanhado de uma linda franja jogada de lado.
Ela era a coisa mais linda do mundo, era uma deusa. Ele se sentiu feio, mal vestido, não era digno de ter Pilar como companhia.

- O que achou? - ela girou fazendo Victor ter a visão de todos os ângulos.

- Você está deslumbrante. 

Chegaram no baile e como era de se esperar todos olharam para ela, afinal, era a garota mais linda da noite.
Eles dançaram, desde a hora que chegaram até a hora que foram embora, foi a melhor noite da vida de Victor.
No fim do baile, após serem coroados rei e rainha, voltaram andando para casa, eles não queriam que a noite acabasse, afinal, estava sendo a melhor noite da vida deles.

- E ai, o que achou do baile? - Victor perguntou enquanto caminhavam.

- Foi maravilhoso, muito obrigada por seu meu par. - Pilar sorria sem parar. 

- Magina pequena, foi um prazer. 

Pilar segurou a mão de Victor o surpreendendo, andaram assim até chegar na casa dela e chegaram muito mais rápido do que Victor havia planejado. 
Assim que ela parou na soleira da porta e o encarou com aqueles olhos verdes brilhantes, Victor sabia que estava na hora de beijá-la, uma noite perfeita com um final perfeito. Victor se aproximou e parou a pouco centímetros de Pilar, no fundo ela sabia o que ele queria fazer e ela queria isso também, mas Victor não teve coragem, ele não queria se arriscar e perder a amizade dela.
Então Victor se contentou em depositar um carinhoso beijo em sua testa. 

- Se cuida idiota. 

Victor esperou até que Pilar fechasse a porta para ir embora. Enquanto andava até sua casa uma ponta de arrependimento tomou conta de Victor, ele devia tê-la beijado, nunca se sabe quando ele teria um oportunidade dessas novamente. 

[continua...] 

domingo, 15 de novembro de 2015

Para Sempre (Uma semana antes do baile)

- E ai Victor, arranjou um par?

- Ninguém. - na verdade, várias garotas chamaram Victor, mas ele recusara esperando Pilar dizer que não havia arranjado ninguém - E você?

- Bem, acho que você terá que fazer um esforço e ir comigo porque também não arranjei ninguém.

Victor queria pular, pegar ela em seus braços e beijá-la, falar tudo o que sentia por ela, mas se conteve em apenas sorrir e soltar uma de suas gracinhas para que ela não desconfiasse de nada.

- Só espero que esteja bonita, não saio com meninas feias.

- Pode deixar, eu serei a garota mais linda que você já viu.

Mal sabe ela que já era essa garota.


[continua...] 

sábado, 14 de novembro de 2015

Para Sempre (Um mês antes do baile)

Estavam no último ano do ensino médio, daqui um mês estariam formados e prontos para encarar a vida adulta.

O sinal já havia batido e Victor guardava suas coisas no armário quando uma pequena coisa laranja correu rindo na sua direção.

- Victor, tive uma ideia. - ela parecia mais eufórica do que nunca.

- Manda. - ele falou sem dar muita importância, as ideias de Pilar sempre os colocavam em roubadas e ele sabia que dessa vez não seria diferente.

- Falta um mês para o baile, então eu pensei...

- Nossa, você pensa! - ele olhou surpreso para a garota, em troca recebeu um belo tapa na cabeça, mas nem doeu, afinal, Pilar era tão pequenininha que seu tapa não fazia nem cosquinha.

- Como eu estava falando... Eu pensei que se até lá não arranjarmos par pro baile, poderíamos ir juntos. O que acha?

O coração de Victor acelerou, ele já havia recebido convites para o baile mais ele recusaria todos para ir com Pilar, com certeza o baile seria o momento ideal para falar tudo o que sentia por ela, e por sorte, seria correspondido.

- Fechado! Se até o baile não tivermos par, eu faço um esforço e vou com você.

Selaram o acordo apertando as mãos e outro tapa acertou novamente a cabeça do garoto, mas por dentro Victor só estava torcendo para que ela não arranjasse ninguém.

[continua...]

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Para Sempre (Um ano depois)

- Victor, vem aqui em casa. - Pilar chorava ao telefone, era um choro de mágoa, desespero e decepção.

Victor imediatamente saiu de casa, passou no mercado e comprou pipoca, salgadinhos e chocolates, passou na locadora e pegou alguns filmes bem melosos pois ele sabia que era disso que Pilar precisava no momento, ele só não sabia o porque da urgência de sua presença.

Apertou a campainha e não precisou esperar muito até que viessem abrir a porta. A garota que apareceu podia ser qualquer uma, menos a sua Pilar. Estava de pijama, sem maquiagem, seus cabelos sempre impecáveis estavam agora presos em um coque bagunçado e seus doces olhos verdes estavam inchados de tanto chorar.

- O que houve? - Victor perguntou preocupado assim que viu o estado da amiga.

- Ah Victor! - Pilar se jogou em seus braços e voltou a chorar - Thales terminou comigo.

Aquelas palavras soaram como música nos ouvidos de Victor, tudo o que ele mais queria era ouvir aquilo, saber que aquele idiota não estava mais com ela. Porém, por outro lado, se sentia triste por vê-la sofrer por alguém que não derramaria uma lágrima por ela.

- Mas ele disse o por quê?

- Ele falou que já não me amava mais, que eu não era mais tão bonita assim. - ela o abraçou novamente - O que vou fazer agora?

- Ainda bem que você me tem. - Victor disse enquanto balançava as sacolas que segurava. 

No mesmo instante o humor de Pilar mudou, um sorriso iluminou seu rosto. Victor sabia como fazê-la feliz.

Passaram a noite inteira comendo porcaria, assistindo filmes clichês e falando mal de idiotas do colégio. Já era quase madrugada quando Victor foi embora, sorte que morava a poucas quadras da casa de Pilar e que seu bairro não era tão perigoso.

- Tchau pequena, se cuida. - ele depositou um beijo na testa de Pilar que sorriu com o gesto.

- Até amanhã idiota. - sim, essa era a forma carinhosa com que Pilar o chamava, e ele adorava. 

[continua...]

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Para Sempre (Um mês depois)

Victor e Pilar viraram melhores amigos, onde um ia o outro ia também, eram inseparáveis. Todo mundo na escola sabia que se convidasse um para uma festa, tinha que convidar o outro, no fundo, eram almas gêmeas.
O que Victor sentia por Pilar crescia a cada dia, e agora ele não tinha dúvidas, era amor, mas não um simples amor, era amor de verdade. Porque quando é amor de verdade você ama a pessoa mesmo não podendo tê-la. E esse era o caso de Victor, ele a amava... Porém, ela não sabia e se dependesse de Victor, nunca ficaria sabendo.
Afinal, Pilar estava namorando o cara mais disputado do colégio e com isso Victor não podia competir, mas ele se contentava em ser apenas um amigo, porque, pelo menos assim, ele tinha uma desculpa pra ficar ao lado da garota que ele tanto ama.

[continua...]

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Para Sempre (Uma semana depois)

- Victor, me empresta as anotações da aula de história?

Como sempre Pilar não havia anotado o que o professor falara e é claro que Victor passaria para ela tudo o que havia anotado, afinal, ele estava sentindo aquele algo á mais, um sentimento novo que até ele desconhecia. Talvez fosse paixão ou uma simples dor de barriga.

A única coisa que Victor tinha certeza era de que a cada dia que passava Pilar ficava mais deslumbrante aos seus olhos. 

[continua...] 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Para Sempre (Primeiro Dia)

- Victor acorda, vai se atrasar!

Victor já estava acordado fazia duas horas, a ansiedade do primeiro dia de aula não o deixara dormir direito, mas mesmo assim não estava com vontade de voltar ao colégio, voltar para a mesma rotina cansativa e para o convívio com pessoas egoístas e hipócritas. Porém, algo dizia que esse ano seria diferente.
Victor terminou de se arrumar, deu um beijo em sua mãe e foi para o colégio mesmo com as broncas por não ter tomado café. Como era de se esperar, chegou atrasado e se sentou em um dos poucos lugares ainda vagos, mas notou que havia uma cadeira vazia ao seu lado, provavelmente entrara um aluno novo, Victor queria muito conhecê-lo, talvez fosse um cara legal ou uma garota bonita.

- Turma, quero que conheçam a nova aluna. - Victor sentiu uma pontada de interesse assim que ouviu a palavra "aluna" - Por favor, entre Pilar.

Os olhos de Victor se fixaram de uma forma surreal em Pilar, também, a garota era deslumbrante, seu cabelo ruivo parece estar em chamas enquanto seus olhos, de um verde intenso, parecia o mais calmo dos oceanos. Pilar era linda e isso com certeza chamou a atenção de Victor.

- Pode se sentar ao lado do Victor. - o professor falou apontando para o garoto - E Victor, tente se comportar.

- Isso eu não posso prometer, professor. - toda a sala riu, Victor adorava pagar de "machão".

A garota sentou na carteira ao seu lado e sorriu calorosamente para ele, o garoto por sua vez retribuiu com um sorriso tímido mais com o coração acelerado.
Aquela garota era diferente, era especial.

[continua...] 

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

2015 Valeu A Pena?

"E ai, 2015 valeu a pena?". Perdi pessoas que eu achava que não viveria sem, e ganhei pessoas que imaginei que nunca entrariam na minha vida. Ri até chorar, e chorei como se não fosse mais rir. Amei e desamei. Fui decepcionada, mas também decepcionei. Sonhei alto, cai muito, machuquei e me levantei. Senti saudade, morri de saudade, mas também deixei saudade. Disse coisas que não deveriam ser ditas. Me calei quando mais deveria ter falado. Chorei. Ah, como eu chorei! Mas também fiz pessoas chorarem. Briguei, brinquei e me arrependi. Guardei coisas bobas e deixei coisas importantes passar. 
Algumas vezes fui feliz, outras vezes triste. Me arrependi de coisas que disse, e disse coisas da qual não me arrependo. Xinguei, gritei e perdoei. Errei querendo acertar, e acertei quando achei que tinha errado. Acreditei no "Para sempre", "Eu te amo" e "Conte comigo", e também fiz pessoas acreditarem. Prometi coisas que não cumpri, e cumpri coisas que nem ao menos prometi. Perdi e ganhei. Sorri e chorei. Me ergui e desabei. Cresci e amadureci. E então volto a perguntar: "E ai, 2015 valeu a pena?". Valeu muito a pena!

E convenhamos que se o tempo voltasse, faríamos tudo outra vez.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Eu Tenho Medo de Te Perder

Meu medo de te perder é maior que o desespero de bater o dedinho do pé em uma quina assassina. É maior que a minha fome monstruosa nos momentos menos prováveis. É maior que minhas loucuras nos dias ruins. Meu medo de te perder é tão forte que me paralisa por alguns segundos, suficientes para notar que esse medo é uma tremenda bobagem.
Sentir medo e não aproveitar o momento pode causar muitos danos. Pode me fazer perder aquele golaço que você fez. Pode fazer com que você não saiba bem como agir e a gente acabe brigando. Pode fazer com que eu perca a razão nos momentos mais tranquilos e pode nos afastar também. E eu tenho muito medo do meu medo de jogar ladeira abaixo tudo que construímos. 
Meu medo é tão grande que eu tenho pesadelos com o dia em que não estaremos mais juntos. Ah, vá. Eu sei que não é o fim do mundo e que não é pra tanto, mas quem disse que eu, meu cérebro e meu coração andamos de mãos dadas? Cada um funciona em prol de si mesmo, cada um tem suas nóias e suas certezas... Mas o medo permanece. 
Eu já tentei terapia, chazinho da vovó, falar com os amigos, sair pela noite caminhando para clarear as ideias... Eu mudo de roupa, endereço, estilo, corte e cor de cabelo mas dentro de mim esse sentimento ridículo não muda. Eu tenho medo de te perder pra alguém mais legal, alguém com uma memória melhor e um vocabulário mais rico. Eu tenho medo de não parecer mais interessante pra você e que você se apaixone pela primeira menina interessante pelo caminho. Você não tem esse medo também, meu bem?
Queria derramar todo esse medo em um potinho e guardar pra mostrar para meus filhos e dizer:"Olha, isso aqui é totalmente desnecessário e eu convivi com isso por boa parte da minha vida". Pra ouvir de resposta um "A gente já sabe, mãe. Fica tranquila porque a gente não tem medo mesmo, não". Bom, eu espero ter filhos espertos, de preferência com você. 
Eu espero ter tempo o suficiente pra viver tudo que quero. Pra gente visitar todos os museus, todas as festas, todos os amigos e toda a família. Porque a gente não seria nada sem as pessoas e os cenários que acompanham a nossa trajetória.
Sabe, pensando bem mesmo, a gente tem muita coisa linda pra viver. E, se não der tempo, a gente viver mais e mais e mais. Porque não vai acabar aqui, sei que isso é coisa explicada pela astrologia, pelos orixás ou pelo amor mesmo. A gente não vai acabar aqui, meu amor. A gente vai viver intensamente tudo que tem pra viver, deixando meu medinho num potinho trancado a sete chaves.
Viver é um risco e o final todo mundo sabe. Então, pra quê ter tanto medo assim?

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A Culpa É Sua!

Ela é assim: ás vezes furacão, ás vezes garoa. Ás vezes turbulência, ás vezes calmaria. Mas, independente da confusão que ela é, a pobre menina tem medo de amar.
E não ache que a culpa é dela, muito pelo contrário. A culpa é sua, sim, sua! Sua culpa por não saber reconhecer a garota incrível que ela é, por não saber demonstrar o carinho que sente por ela. Por estar acostumada com devaneios decidiu entregar-se a própria loucura, mergulhou em um mundo de vícios e músicas eletrônicas pra ver se assim esquece que um dia seu coração foi quebrado.
Se você tivesse amado da forma que era pra amar, cuidado da forma que era pra cuidar, com certeza teria ao seu lado a mulher mais deslumbrante desse mundo, aquela que mostraria como é bom ter companhia. Enfim, a culpa é sua! Se você tivesse tomado as decisões certas ela não estaria por ai, perdida, procurando abrigo em bagunças que nunca irão se encaixar no redemoinho dela. Mas tudo bem, não se preocupe com ela (agora é muito tarde pra sentir compaixão) um dia ela irá se reerguer, voltará a ser aquela soberana. Relaxa amigo, ela não vai esquecer você... Na verdade, você será a primeira pessoa em quem ela fará questão de pisar!


E vai doer meu amigo, o se vai...

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Saudade

Sabe, minha semana se resume basicamente em séries. Isso mesmo, eu passo todos os dias (ou melhor, madrugadas)fritando o meu cérebro assistindo alguma série. Seja How I Met You Mother, Penny Dreadful ou Supernatural... Não importa qual delas for, eu assisto pra manter minha cabeça ocupada. Leio algum livro, estudo um pouco (afinal alguém aqui precisa entrar na faculdade), mas mesmo assim, no final do dia quanto deito pra dormir, a última coisa em que penso é em você. 
E me vem uma saudade danada, parece que não nos vemos há anos quando na verdade faz apenas alguns dias. Mas quem disse que pro coração o tempo passa da mesma forma? Uma hora sem você equivale há um ano em batidas cardíacas. E eu tento segurar essa saudade, não quero demonstrar, não quero que se irrite com essa minha falta de você, se pudesse eu pegaria o primeiro ônibus que passasse e correria ai para te ver, mas sabemos que as coisas não funcionam assim e eu me contento apenas em pensar em você.
Bem, hoje não é nenhuma data especial, não é nosso aniversário de namoro, não é Natal, Carnaval e muito menos Páscoa. Eu só passei aqui pra dizer que eu passo a semana inteira esperando o domingo chegar para poder te ver. 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Arsenal de Clichês

Mas não importa, independente do que dizem eu sou a personificação do taxado clichê. Eu quero viver um amor assim, daqueles que te acordam com um beijo de bom dia e te fazendo carinho, que aparece do nada na sua casa só pra te fazer uma surpresa. Aquele que não mede esforços para estar do seu lado e não se dá por vencido quando algo não sai como planejado. Eu quero a sorte de viver um amor que se preocupe quando eu derramar lágrimas e não saia do meu lado quando estiver doente, quero me sentir protegida, sentir como se nada no mundo pudesse me abalar.
Quero aquele sexo gostoso com direito a sacanagens no ouvido e arranhões nas costas, quero me dar por inteira e receber alguém por inteiro.
Preciso estar com alguém que faça uma caneca de chocolate quente quando me ver triste, que faça cafuné e me dê um beijo na testa dizendo "Se cuida pequena". Quero tirar fotos fofas e postar nas redes sociais... Quero alguém que assim como eu, ame amar.
Eu falei que eu era (sou) clichê, esse texto mais do que qualquer outra coisa está sendo clichê. Mas eu sou assim e pretendo viver para sempre assim, querendo ser o casal do filme que se ama e jura ficar juntos não importa o que aconteça e quero ter alguém assim, alguém que me entende e faça essas coisas por amor. 


Eu quero alguém clichê.