domingo, 27 de dezembro de 2015

Simplicidade

Eu não tinha muita coisa. Tinha o básico para viver, uma casa, um cachorro que me lambia quando eu chegava em casa depois de mais um dia difícil.
Eu tinha uma TV 14 polegadas pra assistir uns documentários em francês durante a madrugada. Tinha uns chocolates enfiados no armário pra comer durante as tardes e madrugadas de insônia. 
Eu tinha um buraco no coração preenchido com decepções e angústias. Tinha umas redes sociais pra tentar me socializar virtualmente, já que na vida real eu preferia ficar no sofá. 
Eu não tinha muita coisa não. Mas no fim do dia, quando eu colocava a cabeça no travesseiro pra tentar dormir, eu lembrava do teu sorriso, da tua voz, do teu carinho... E eu lembrava que eu não tinha muita coisa, mas eu tinha você. E você era mais que muita coisa. E você era tudo que eu realmente tinha. Você era minha esperança, a minha vontade de continuar e eu sabia que depositar amor de mais nos outros podia não ser seguro, mas eu não me importava. Eu não me importava porque eu confiava em você e eu sabia que de alguma forma, você iria marcar a minha vida. 
Sempre torci pra marcar com felicidade e era isso que bastava. Você bastava. Eu bastava. Nós bastávamos. Nosso amor bastava. 


Obs: Acervo Pessoal (Textos que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Era Ela

Ela era única. Você conhecerá outras pessoas, terá um flashback com a sua ex, terá uma nova namorada, mas ela continuará sendo a sua preferida. Provará outros beijos, se sentirá frustado algumas vezes, ao que aquela loira linda da festa não beija tão bem assim. Passará a mão em outros cabelos, alguns mais curtos, outros mais longos, mais cheios, de qualquer forma, sentirá falta dos cabelos dela, que de tão pouco se perdiam em seus dedos. Você sentirá outros perfumes, amadeirados, cítricos, doces, e sentirá falta do cheiro da pele dela, que tinha um cheiro tão bom que te fazia fechar os olhos e respirar fundo. Você chorará baixinho, sentindo a maior saudade que você já sentiu em toda a sua vida. Olhará para os lados e verá a vida passando, e sentirá uma falta quase mortal da vida que ela te proporcionava todos os dias. Você entenderá que a ama. Você entenderá que ela será eterna. Você, ao conhecer outras com o mesmo nome, sentirá um aperto no peito ao dizer que esse nome é lindo, sentirá suas mãos tremendo ao lembrar que diziam que esse seria o nome da filha de vocês. O celular, ao tocar, após anos, milhares de vezes, ainda desejará realizar uma ligação de você, aonde ela irá dizer que ainda te espera, e você dirá que está indo busca-lá, assim como em um texto que um dia ela escreveu. Você irá ler palavra por palavra de tudo o que ela escreveu um dia, e se surpreenderá ao ver que ela suplicava por você. Você se sentirá um idiota. Mas ela, ela continuará sendo única. Mas a vida continuará. 
Ela fará um esforço descomunal para te esquecer, talvez, por alguns anos, ou até que toque a música de vocês, conseguirá. Lembrará de vocês com uma pequena tristeza, mas com grande afeto, assim como ela sempre disse, você ainda será a escolha dela, mas infelizmente, a vida lhe deu outras opções. 
Reticências... Sua vida será repleta delas, assuntos não terminados, desejos não obedecidos, o maior e único amor da sua vida perdido pela sua incapacidade de amar alguém. 


Obs: Acervo Pessoal (Textos que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria)

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Meu Pedido É Você

Eu pediria você. Se Papai Noel existisse, se estrelas cadentes fossem de verdade e se moedas na fonte funcionassem, eu pediria você. Quando as velinhas do meu bolo de aniversário se apagaram e eu fechei os olhos, foi por você que eu pedi. Eu rezei pela sua felicidade, pelo seu caminho belo e pelas coisas boas que ainda darão certo na sua vida. Nesse natal, se um velho gordo e barbudo aparecesse em um trenó e perguntasse o que eu iria querer de presente, mesmo que eu pudesse escolher qualquer coisa melhor e mais valiosa do mundo, eu juro que meu desejo seria que você saísse do meio das renas de braços abertos para mim. Embaixo da minha árvore verde e pontiaguda de natal, eu queria que você estivesse embrulhado no papel de presente mais lindo da cidade. No meio dos piscas-piscas que enfeitam os postes no meio da avenida, eu queria que fosse o seu sorriso que eles desenhassem no céu. E os fogos de artifício poderiam iluminar a noite com o seu rosto. Eu só queria que tivesse consciência de que seria você. Se eu ganhasse o palito premiado do picolé, eu recusaria o prêmio e pediria por você. Se eu acertasse os números da mega-sena da virada, eu trocaria o dinheiro e toas as coisas que ele pode comprar por você. Se o mundo realmente acabasse, a minha última súplica seria você. É você. E eu continuo pedindo, forte, que não deixe de ser nunca. Se uma bomba caísse exatamente agora em cima da minha cabeça e eu não conseguisse terminar esse texto, saiba que eu morreria pedindo por você. Só você, por favor, nem que seja um pouquinho. Eu preciso do ar que você respira pra suprir um pouco a distância que te prende em mim. Eu preciso te olhar inúmeras vezes e ter absoluta certeza que em cada uma delas meu desejo só faz aumentar. Se a Terra fosse engolida pelo Sol, eu descobriria outro planeta em outra galáxia só pra te fazer feliz. 
Quando eu acordei sozinha e tomei meu suco preferido sozinha hoje de manhã, foi pela sua companhia que eu pedi. Nas vezes em que eu provei uma roupa e não tinha ninguém para aprová-la, foi pelas suas sugestões ignorantes que eu pedi. Nos dias em que não fez sol e o dia estava propício para filmes românticos á dois, foi pela sua preferência por filmes de terror que eu pedi. Eu venho pedindo por você desde sempre, mas nenhuma alma caridosa me dá o privilégio de te ter. Então eu peço agora: vem.
Vem e larga essa sua gravata cor-de-nada no meu sofá. Vem e deixa seus sapatos no tapete central da minha casa. Vem e poupa os meus próximos mil anos amargurados sem você ao meu lado. Eu posso não ser a melhor pessoa dentre todas que habitam a Terra, mas com certeza sou a melhor que pode te fazer feliz. Porque, por mais que você negue e responda "não" para todas as minhas súplicas, eu ainda serei a única que pede por você. 


Obs: Acervo Pessoal (Textos que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Ela

Ela sente prazer nas coisas mais simples da vida. Ela é do tipo de mulher que se sente encantada pela alma das pessoas. Ela aparenta ser uma pessoa difícil de lidar, mas ela só demonstra seu lado "dócil" para as pessoas que mergulham fundo em seu interior. (Ela adora escrever, apesar de deixar tudo guardado).
Tem dias em que ela sofre de insônia, e ás vezes luta contra seus próprios pensamentos. 


Obs: Acervo Pessoal (textos que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria) 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Diga A Ele

Diga a ele que eu o amo. Diga a ele que eu preciso dele. Que ele é mais do que um caso de uma noite. Diga a ele que deixa meu rosto da cor do meu cabelo. Tudo que eu quero fazer é estar perto. Diga a ele que eu o quero. Diga a ele que eu preciso dele. Diga a ele que ele é mais do que um caso de uma noite. Diga a ele que eu o amo mais do que ninguém. 
Se você não o fizer... Eu mesmo direi!


Obs: Acervo Pessoal (Textos retirados da internet, não necessariamente de minha autoria) 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Paz

E os primeiros raios de luz do dia que entram pelas frestas da janela de madeira já não incomodam quando você está ao lado. Porque é você quem está ao lado. Você, que geralmente dorme a minha esquerda, hemisfério corporal onde, dizem os especialistas, mora o coração. E então, por um momento, tudo parece fazer sentido. Foi essa sua mandinga pra entrar no meu coração e pra, de quebra, tomar conta da minha cabeça e transbordar a minha vida. Não adianta negar. Foi essa a tática infalível para que eu abrisse a porta da minha casa, o fecho do meu sutiã e incontáveis sorrisos de mais de oito graus na escala Richter. Te olho dormindo. De bruços, os braços estendidos para cima e o rosto levemente virado para o lado. 
A respiração calma e silenciosa, como se você descansasse numa daquelas paisagens bonitas que a gente só vê em filme. As costas discretamente torneadas, com se cada músculo não fosse fruto de mais do que um esforço cotidiano. 
A boca perfeitamente cerrada, como se aqueles lábios grudados guardassem o segredo da criação do mundo. E é inevitável eu me perguntar como cabe tanta beleza num corpo todo desenhado e que nunca entendeu direito aquele tal de "menos é mais". Tão menos e que consegue ser tão mais. Você, meu amor, saiu de uma pintura renascentista. Só pode ser isso. 
Você fugiu do teto da capela Cistina direto para meus lençóis. Ciao, Michelangelo. Porque a vida é mais feliz. Tem travesseiro macio, embora você o dispense todas as noites. Tem cobertor, embora o meu calor lhe seja mais convidativo. E tem o meu corpo quente - ah, esse você não troca por nada. Só por uns minutinhos de sono a mais quando ainda é dia de semana. E sabe que eu até gosto? Porque nada me recompõe tão bem quanto saber que você está em paz. Que nenhum pesadelo feriu sua madrugada. Que os monstros que, um dia, talvez, tenham dormido embaixo da sua cama, foram embora pra nunca mais. Que o universo conspira a favor de nós. E que eu passaria noites inteiras velando seu sono. 
Eu, então, me aproximo para deixar um beijo em seu rosto inerte. E é inevitável não sentir seu cheirinho doce. Um cheirinho meio de flor, meio de fruta. Um cheiro que os franceses procuram até hoje - em vão - pra confeccionar a fragrância mais esperada de todos os tempos. Um cheiro de pecado que só se cala no meu pH ácido. E eu me pergunto como você acorda sem o característico bafo matinal de quase 100% dos seres humanos. Você diz, quando acordado, que é impressão minha. Que é loucura eu cheirar todo o seu corpo depois de longas doze horas de sono. Que é porque o cheiro do cigarro foi embora enquanto você dormia. É, até faz sentido. Mas eu ainda prefiro acreditar que o universo reservou o melhor cheirinho da perfumaria divina pra você. Ou melhor, pra mim. 
Pra eu cheirar. Pra eu lamber. Pra eu beijar. E ai você se arrepia. E sorri. E me beija de volta, mesmo dormindo. E eu fico pensando que nunca, jamé, nem never more eu conseguiria ser rude ou pouco doce na hora de te resgatar das profundezas do seu sono, que é sempre justo e bonito. Assim como você. E quando aquele raio de sol do meio-dia queima sua retina por através de suas pálpebras, eu morro um pouquinho. Pra quê acabar com um dos espetáculos mais lindos do planeta Terra, caro Sol?
Mas renasço ainda mais feliz assim que você me lança aquele primeiro olhar do dia, seguido de um sorriso, de uma carícia quase que infantil e de um preguiçoso beijo na boca, me chamando para uma sacanagenzinha matinal e anunciando que, independentemente do que o Climatempo disser, o dia de hoje será mais bonito. Só porque você acordou ao meu lado. 
Não sei pra vocês, meus amigos. Mas paz, pra mim, é isso. 


Obs: Acervo Pessoal (textos que retiro da internet, não necessariamente de minha autoria)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Todo Teu

O seu perfume me invade
Como a briza vinda do mar
Minha pele arde
Ao entrar em contato com a sua

Há... Sua pele
Macia...
Suave...
Linda como uma rosa

Você é como pecado
Que domina o meu corpo
E faz dele o que quiser

Então minha princesa...
Se você é um pecado...
Quero pecar por toda eternidade 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Amor É Um Sem Sentido Sentir

Eu te amo, mas não sei como falar, como explicar, como agir, sei lá. 
Você murmura qualquer coisa e eu já tremo o cu de tanto nervosismo que a tua presença me causa. Me leve daqui. Me leve com você. Venha comigo. Por mim, a gente pode ficar aqui, quietinhos dividindo sorvete, cerveja, edredom e sonhos. Tanta faz a cama e o colchão. Você se importa tanto com isso?
Dia desses, eu tentei de esquecer de vez. Juro. Mas ai eu percebi que matar você em mim é o mesmo que morrer e continuar vivendo, sabe? Passaria o resto dos meus dias como zumbis recheado de dor e entalado de lembranças do que nunca viveu. Então, não morra não. Não antes de eu dizer que te amo. 
Não antes de você dizer isso para mim, também. Ou que vai pensar no meu caso. Ou que ficará aqui comigo. Sei lá. Não se vá - nem para o céu, nem para a Nova Guiné - sem me dar mais uns minutos de esperança, uns carinhos no queixo e um descanso em teu ombro. 
Olha aqui vai. Eu tô embolando as palavras, eu sei. Não porque eu sou confusa. Ok, eu sou confusa. Mas nem sempre. Não agora. Tá, agora eu posso estar um cado confusa. Mas é porque amar é, ao mesmo tempo, ter um dicionário a falar e não saber como. É como se meu cérebro desaprendesse qualquer idioma tolo. E eu fico aqui, gesticulando vírgulas que exigem sua presença um pouco mais. 
Por favor, fica!
Fica, vai!
Nesta semana, você anda tão triste que me aperta a alma. E eu não sei se você sabe, mas se estivesse comigo, cê seria mais feliz. Juro. Deu na TV, nos jornais, no tarot, no horóscopo, nas músicas e nos livros que ando lendo. Você gosta de ler, eu sei. Comecei a gostar porque vi você no ônibus viajando mais rápido naquelas páginas do que aquele motorista ruim de roda que faz o veículo parecer uma montanha russa. Sim, eu estava naquele ônibus. Dois bancos atrás de você. 
Não, não estou te perseguindo. 
Mas a gente sai a mesma hora da faculdade e minha casa fica á dois quarteirões da sua. Não sei onde você mora. Mas é que você sempre desce no mesmo ponto e vai para a mesma portaria que imaginei que ali fosse a tua casa. 
Eu estou falando feito uma doida, sem vírgulas ou pausa, inventando assuntos quaisquer porque estou morrendo de medo do silêncio oceânico que pode surgir e você desviar teus olhos dos meus, reparar na vizinhança, naquele moço de gravata cinza ou na senhorinha dando comida aos pombos, e, talvez, você reparando no moço de gravata cinza e na senhorinha dando comida aos pombos possa pensar que já não há mais nada á fazer aqui e decida ir embora porque não gosta de cinza, nem de pombos, nem de mim. Sei lá. 
Cê tá com fome? Eu tenho um par de lábios e um tanto de sonhos que podem de alimentar. Juro. Como faz aquele macarrão que você gosta? Eu posso aprender, também. Mas te amo. E amar, além de ser algo que me deixa mais confusa, nervosa e gaga, deve ser aprender a ser a mestra dos desejos do outro. Assim, só pra te agradar, sabe? Isso é amor. Você sabe. Ou acho que sabe. Mas, de qualquer forma, gostaria que soubesse que eu te amo. É, amor. Sem aqueles coraçõeszinhos infantis da quarta série. Ou musiquinha bonitinha por aqui. É amor. Ponto.
Entendeu alguma coisa? Não? Ok, perfeito assim. Se você entendesse, eu ficaria triste por ter conseguido explicar algo sem explicação. E é isso: de onde eu vim, sentimentos inexplicáveis, mas explicam todo o resto. Amor é um sem sentido sentir e dar sentido a tudo. 
E este tudo, agora, é você. Juro. 


Obs: Acervo Pessoal (textos que recolho pela internet, não necessariamente de minha autoria)